Cada vez mais empresas investem em áreas exclusivas de Diversidade e Inclusão
Uma pesquisa feita com mais de 100 companhias mostrou que muitas delas possuem orçamento dedicado para o crescimento de ações de D&I
Que o cenário de D&I, sigla para “Diversidade e Inclusão”, está mudando ninguém tem dúvida. Basta ver como muitas empresas estão se comportando diante de marcadores importantes como negros, LGBTQIAP+, PcD (pessoa com deficiência) e mulheres.
Mas não basta apenas olhar para essas populações – é necessário investir em ações afirmativas para garantir a entrada e o desenvolvimento delas no mercado de trabalho. E parece que esse tem sido o caminho.
Atualmente, 96% das companhias realizam campanhas para fomentar programas de D&I, apontou um estudo da Blend Edu, startup que especializada no tema.
É um número alto, mas o que provocou ou vem provocando a mudança na mentalidade dessas empresas?
“A princípio, entendemos que esse número é alto porque o posicionamento institucional é um dos elementos essenciais para fomentar a transformação de uma cultura organizacional para uma jornada inclusiva, conscientizando colaboradores e ‘preparando o terreno’ para as ações estruturantes que estão por vir por meio da comunicação”, explica Thalita Gelenske, CEO e fundadora da Blend Edu.
No “top five” das ações mais importantes realizadas nas companhias estão: 95,9% investem em campanhas para potencializar uma comunicação inclusiva; 90,4% focam em eventos para o público interno sobre o tema diversidade; 89% destacam os grupos de afinidade, 86,3% dão destaque em canais de denúncias ou ouvidoria para reportar casos de desvio associados à diversidade e 80,8% trabalham em programas de treinamento e desenvolvimento para colaboradores.
“Na pesquisa, vimos um dado que mostrou que 77% das empresas afirmam que o principal objetivo dos programas de diversidade é engajar colaboradores na criação de uma cultura inclusiva. Portanto, o posicionamento institucional enfático em prol de comportamentos inclusivos acaba sendo relevante na interface interna e externa. E, claro, isso também gera um impacto em marca e reputação institucional”, conta Thalita Gelenske.
Com orçamento dedicado, cada vez mais, às áreas de desenvolvimento de D&I, o cenário para este ano fica mais promissor. E o controle desse crescimento é importante para que as empresas saibam exatamente aonde querem chegar.
“Uma tendência é o salto de 10% em relação à pesquisa de 2020 no que se refere ao monitoramento de indicadores por meio de pesquisa censo de diversidade”, diz Thalita.
“As empresas estão percebendo que um bom processo de tomada de decisões deve ser feito baseado em dados e na percepção dos colaboradores de grupos minorizados, estabelecendo caminhos para a co-criação de programas de diversidade e inclusão mais efetivos.”
Comentários
Postar um comentário