Pular para o conteúdo principal

Brasileira trans é agredida por policiais em Milão, na Itália; caso é investigado - créditos CNN

 

Brasileira trans é agredida por policiais em Milão, na Itália; caso é investigado

Agentes foram transferidos para serviço administrativo interno; prefeito aguarda relatório de investigação para tomar medidas

Brasileira trans é agredida por policiais em Milão, na Itália; caso é investigado
Brasileira trans é agredida por policiais em Milão, na Itália; caso é investigadoReprodução

CNN

Ouvir notícia

Uma mulher trans brasileira foi agredida, na última quarta-feira (24), por quatro policiais, com cassetetes e spray de pimenta, em Milão, na Itália, reportou a imprensa italiana.

O caso ganhou repercussão após viralizar nas redes sociais um vídeo gravado por morador local do momento das agressões.

O Ministério Público investiga o caso e os policiais foram tirados das rondas policiais, transferidos para serviços administrativos.

De acordo com reportagens da imprensa italiana, o episódio aconteceu na última quarta-feira. Imagens gravadas por um morador da região mostraram quatro policiais golpeando uma mulher com cassetetes na cabeça e no corpo e borrifando spray de pimenta.

É possível ver a mulher erguendo as mãos enquanto é agredida, antes de ser colocada de barriga para baixo e algemada.

A mulher era Bruna, uma brasileira, natural de Fortaleza, transexual, de 41 anos.

Em entrevista ao jornal Corriere Della Sera, ela disse que estava discutindo com “cinco peruanos bêbados” que a insultavam, quando foi colocada em uma viatura por policiais que passavam pelo local.

Ela relatou que começou a reclamar e se debater dentro do carro, quando os policiais pararam o carro. “O chefe disse para parar o carro e disse: ‘Agora vamos dar uma surra nele.’ Ele tentou agarrar meu cabelo para me tirar, mas eu o empurrei e saí correndo”, disse Bruna.

Ela ainda disse que se escondeu em um canteiro, mas os policiais a encontraram e começaram as agressões.

Brasileira trans é agredida por policiais em Milão, na Itália; caso é investigado
Brasileira trans é agredida por policiais em Milão, na Itália; caso é investigado / Reprodução

Bruna foi levada pelos policiais e permaneceu presa por pelo menos seis horas. Ela contou que recebeu a visita de um representante do consulado brasileiro.

“Eu levantava as mãos, pedia para não me baterem. Estava tão assustada. Agora quero processá-los”, disse durante a entrevista.

De acordo com o jornal La Repubblica, o Ministério Público de Milão está investigando o caso. A procuradora Tiziana Siciliano abriu um processo por danos agravados pelo abuso de função pública.

O secretário de Segurança de Milão, Marco Granelli, disse: “Um fato grave aconteceu nesta manhã contra uma pessoa por alguns agentes da polícia local. Verificações estão em andamento para entender o ocorrido e avaliar possíveis comunicações à autoridade judiciária e eventuais medidas disciplinares.”

Granelli complementou que os agentes envolvidos foram “destacados para serviços internos” enquanto as investigações prosseguem.

Brasileira trans é agredida por policiais em Milão, na Itália; caso é investigado
Brasileira trans é agredida por policiais em Milão, na Itália; caso é investigado / Reprodução

O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, classificou o episódio como “fato grave”, mas destacou que é necessário um processo formal para tomada de medidas oficiais.

“Não quero dizer coisas imprecisas, estou esperando para ler o relatório [da investigação], caso contrário, arriscaria fazer um comentário genérico e não posso”, afirmou.

O sindicato que representa os policiais locais, o Sulpl, nega a versão da brasileira e alega que havia uma denúncia contra a presença dela nos arredores de um colégio local.

O presidente do Sulpl Daniele Vincini disse que os policiais foram chamados porque Bruna teria assediado crianças da escola, e teria agredido os policiais que intervieram.

“Os agentes foram obrigados a usar o cassetete e o spray para levá-la embora. Nós estamos ao lado deles, inclusive com nossos advogados se necessário”, afirmou ao La Repubblica.

(Publicado por Léo Lopes)

Créditos CNN

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Symmy Larrat comenta sobre o dia da visibilidade Trans

Symmy Larrat comenta sobre o dia da visibilidade Trans Créditos PT.  -------- Participe do nosso grupo no WhatsApp:  https://chat.whatsapp.com/DkaugeoWI7OBUeZmCr3I33

Intervalo do GreNal 422 tem pedido de casamento gay na Arena do Grêmio. Saiba mais: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2019/11/03/intervalo-do-gre-nal-tem-inedito-pedido-de-casamento-gay-na-arena.htm

Divulgação/Arena do Grêmio Intervalo do GreNal 422 tem pedido de casamento gay na Arena do Grêmio.  Saiba mais:  https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2019/11/03/intervalo-do-gre-nal-tem-inedito-pedido-de-casamento-gay-na-arena.htm

Preciso da sua ajuda! - por deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP)

          Vote Erika Hilton como melhor Deputada Federal do Brasil Chegar ao Congresso Nacional como a 1ª Deputada Trans e Negra da história não foi uma tarefa fácil. Passei por muita coisa até chegar na política, e quando cheguei nesse espaço, soube que teria que lutar ainda mais para que nossas lutas tivessem espaço e fossem respeitadas. Com tanta intolerância e violência, não tem sido fácil, mas em menos de 6 meses já temos dezenas de projetos, audiências públicas e estamos lutando para que o governo dê certo. Agora, preciso da sua ajuda! Estou concorrendo ao Prêmio de Melhor Deputada Federal do país. Posso contar com o seu voto? Basta acessar:  https://premio. congressoemfoco.com.br Iniciar a votação, se cadastrar e abrir o link pra votar que vai chegar no seu e-mail! A primeira parcial do Prêmio Congresso em Foco mostra que estou em primeiro lugar, mas precisamos chegar até cerca de 100 mil votos para derrotarmos o bolsonarismo e a direita intolerante. Conto contigo! Vamos, mais u